Vida de mãe x vida corporativa, eis a questão. Viva sem culpa.

Desde os 17 anos, trabalho fora. Mas, há exatamente quase dois anos, larguei meu último emprego para estar mais presente no dia a dia das minhas filhas adolescentes. Hoje com 16 e 14 anos. De começo, não nego que estranhei aquela vida fora da corporação. Sentia-me ao mesmo tempo entusiasmada, arrependida. Os dias foram passando, a rotina doméstica incessante tornou-me uma pessoa totalmente confusa, estressada, desestimulada. Aquele enfadonho serviço doméstico não remunerado!!!!! Comecei a entrar em desespero. Socorrooooo....Parece que ninguém nos enxerga... Você limpa, dedica o maior tesouro que é o seu tempo para fazer tudo pra todo mundo e quando olhamos para trás: está tudo do mesmo jeito e ainda mais sujo. 

Sempre fui uma mulher obstinada por meus objetivos e não combina nadica de nada comigo desistir do que quer que seja. Posso sofrer, descabelar-me...mas mantenho o pé firme no ideal. Sim, o meu ideal era acompanhar o final da infância das meninas e o começo da temida adolescência. Eu sentia que devia isso à elas. Aquele sonho que você tem de acompanhar cada passo do seu filho, ensinar formas de escapar de futuro erros. Sim, até porque a gente passa metade da vida errando e jamais quer que isso se repita com os seres que você mais ama.  Tenho sempre dentro de mim um altíssimo nível de responsabilidade em qualquer vertente da minha vida. E, tendo isso exageradamente impresso em mim, tento a todo custo ensiná-las. Mas... acabo errando no ponto por pura exacerbação. Aquele ensinamento que você quer tanto passar, vai indo para o caminho do extremo controle. Simmm, sou exageradamente controladora. Como cobro tudo isso de mim mesma, acabo exigindo também delas. Acabo sufocando-as. Aquilo que deveria ser leve, tornou-se um pouco pesado. Mas podem ter absoluta certeza que isso refere-se àquele ditado antigo: erre sempre querendo acertar. Estou tentando firmemente buscar a leveza para equilibrar os meus desejos e os delas.Sei que vou conseguir.

Pois bem, o tempo passou, cá estou eu enfiada dentro de casa, fazendo tudo aquilo que não sonhei pra mim, mas necessário para que um dia eu não sinta um pingo de arrependimento em não conviver com as meninas. Ainda almejo abrir um negócio e com certeza vou atrás disso logo mais. Apenas aguardando aquele aviso interno: chega dessa batalha doméstica, agora chegou a sua vez de realizar-se. É isso, sempre pensem com a razão e, simultaneamente, não deixem de lado o coração. Você também merece e deve ser feliz, sendo empresária, mãe, dona de casa. Escolha o que grita em seu interior. E lembre-se, nenhum dia é igual ao outro assim como você. Tudo se transforma, tudo recicla-se! Avante! 





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